23.7.08


Fresco de Pompeia, séc. I (d.C.), Museu Nacional de Arqueologia, Nápoles.

Se entrasses pela porta de um filme de Antonioni, todos olhariam o enigma do teu rosto. Não o saberiam ler, no entanto haviam de ansiar dissolver-se nele como se, de repente, fosse a vida que nunca tocaram, o espelho de um vislumbre perfeito. A mim, que te vejo tantas vezes, sucedeu um dia não me bastar essa imagem, ter de ir buscar outra muito mais distante, e hoje és também a mulher do fresco de Pompeia.

© nd


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