Cesare Pavese faria hoje cem anos. Sou pouco dado a efemérides e menos ainda a lembrar-me das suas datas, e esta descobria-a no Henrique Fialho. Encontrei-me com Pavese na juventude adolescente e o ambiente da sua ficção marcou-me para sempre, como que de forma congénita porque eu já existia nele. O mais que pude fazer para lhe agradecer foi ter estudado italiano, lido tudo o que há para ler dele e escrito um poema longo, com o seu nome por título, que começa assim:
Quando eu me alimentava da luz
que o fluir melancólico das palavras
trazia das colinas de S. Stefano
e me abria esse mundo ao meu
que em mim guardava, lendo-nos aí,
nas águas do meu rio que gerara
quadros do Piemonte na outra banda (…)
Sem comentários:
Enviar um comentário