17.1.09

Dispersão














Viu a luz na segunda quinzena de Dezembro, por iniciativa da Edições Sempre-em-Pé. Com 290 páginas e 216 poemas revistos, engloba toda a minha produção poética de dez anos, de Março de 1998 a Fevereiro de 2008, tendo rejeitado o que, não constando do livro, foi porém dado a ler neste meio até final do dito mês de Fevereiro.

Cessada a azáfama das vendas de Natal, a editora prevê que até ao fim de Janeiro esteja nas livrarias, sobretudo do Porto e de Lisboa, a seguir em outras cidades e desde já na própria editora online.

Deixo o poema de abertura:

ÍTACA

Quando partires, em direcção a Ítaca,
que a tua jornada seja longa
(...)
Konstantinos Kavafis

Se ao longe imaginares Ítaca,
que não te dê saudades.
Uma ilha é um monte sem caminhos.
Descansam nela as aves migratórias,
e a gente que a povoa
gasta o tempo a sonhar aonde irão
as aves no seu alto voo
quando partirem.
E sobretudo Ulisses há-de
segui-las com os olhos,
lembrando-se de Circe.
O azul, digo-te, é uma cor volúvel,
e o céu e o mar são só desertos.
 
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