18.3.09

Arzak, que o grande cozinheiro me desculpe


Se eu disser que hoje salvei o meu cão Arzak de morrer afogado, isso não terá significado senão para quem o conhece. No entanto, poder-se-ia extrapolar este caso particular para o mundo e imaginar milhares de pessoas a salvar ao mesmo tempo os seus bichos, e milhões de médicos a salvar milhões de humanos, e concluir-se que a vida é uma luta contra a morte. Mais, e principalmente, que desta luta se retira o absurdo do desfecho final, que o esquecimento oblitera ou torna em ideia abstracta, como se não fosse nada connosco. E ainda bem. A vida vai-nos pagando com essa defesa e com os intervalos de existirmos para a alegria, a alegria de termos salvo um bicho, entre outros motivos para ela, neste tempo de misérias várias e muitas, eu sei.
 
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