28.9.09

Síndroma de Berlusconi



O Alberto João, eleito pela enésima vez imperador da Madeira, disse, com aparente razão, que o povo português devia estar doido, ao ter votado num fulano que anda metido em casos, foi mais ou menos assim, pelo menos é este o sentido de uma declaração sua à TSF, feita já hoje. Esqueceu-se de que com ele sucede, psicologicamente, o mesmo. O "povo" - que é isso de "povo"? - que votou no Alberto João é o mesmo que votou no Sócrates e no Berlusconi. Parte desses eleitores é cúpida, escolhe-os como modelo sonhado para as suas vidas medíocres, tal como gostaria de ser padrinho da Máfia (assunto de largo culto); outra é burra, muitos são oportunistas e, vá, admito que haja gente sincera e honesta, sim, mas clubisticamente invisual, surda e tartamuda.

Veremos agora não poucos flick-flacks e pinos em S. Bento. O "povo" que os elegeu é que se lixa, e lixa-se com toda a justiça, enquanto as metástases dos epizoários, na sequência dos séculos, se vão aproximando do Tesouro Público cheio de dívidas. É bom que assim seja, porque alguém se ri dos patifes e dos parvos, embora se duvide bastante de que nada adianta, de que a atávica maneira lusa de estar mude algum dia. É mais fácil o país desaparecer enquanto tal do que os rómulos e remos de pechisbeque largarem as tetas do animal, a que, de boca cheia, todos esses chamam nação.
 
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