Falei de Pedro e Inês tão decantados,
escrevi sobre exemplos deste tempo.
Mudaram-se os costumes. Porventura
poderá divergir também Inês,
mais que Pedro em seu modo, adivinhado
num príncipe selvagem a galope.
Contudo, isso pertence a quem se pôs
a imaginar humanos, a moldá-los,
circunscrevendo o mito à luz do dia
por mão das personagens que engendrou.
Era para ter entrado, para ter sido o poema final de Pedro e Inês: Dolce Stil Nuovo. Não entrou porque a poesia não se explica, ou melhor, explica-se se nos perguntarem o que queremos dizer com isto ou com aquilo que escrevemos, e é bom que saibamos responder sem subterfúgios. Para bom entendedor, etc.