"(...) O facto de Nuno Dempster recorrer, nos seus contos, a um narrador não-participante(com excepção de “Uma aula de inglês”), a personagens redondas e a uma quase constante coincidência do tempo cronológico com o tempo do discurso, não só dota a sequencialidade narrativa de uma extrema limpidez, mas também funciona de forma eficaz como estratégia de captação do leitor para a estória de que ele passará também a fazer parte. Ainda relativamente às personagens parece-me importante ressalvar a sua bem conseguida caracterização psicológica, social e cultural, aliás, nem sempre feita de modo directo, e urge ainda acentuar o modo criterioso como todas elas são colocadas, pelo narrador, no conjunto dos acontecimentos (...)"
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