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Quando a escrita e a leitura coincidem
Que mais pode desejar quem escreve poesia, para lá de cumprir a necessidade de a escrever? Que a leiam bem, isto é, que o leitor percorra, a seu modo, o caminho que as palavras abriram e não outro, apesar de o poema escrito e lido não coincidirem, ipsis verbis, a nível da captação, porque cada um tem a sua experiência global, desde a da vida à da arte. No entanto, neste caso e na clareza perseguida na linguagem poética deste e dos outros livros, a espinha dorsal do poema bem lido é a mesma para ambos, e é na sua espinha dorsal que o sentido se insere, sem subterfúgios. Sem subterfúgios e com a alegria de os recusar. Isto a propósito da recensão crítica que Henrique Manuel Bento Fialho escreveu aqui, acerca de Na Luz Inclinada.