Faça-se um pastelão de meio alqueire de farinha amassada em água e sal, cobrindo-o por cima como empada; como estiver feita, assopre-se por uma buraquinho, para que fique bem cheia de vento; depois de muito bem cozida, abram-lhe no fundo um buraco redondo, por onde lhe metam duas ou três dúzias de pássaros vivos, e tapando com a mesma massa, mande-se à mesa. Também se faz de pombos ou coelhos vivos.
Em Arte de Cozinha, de Domingos Rodrigues, Imprensa Nacional, 1987.
Nota: Domingos Rodrigues foi mestre de cozinha da Casa Real, no reinado de Pedro II, o Pacífico (1683-1709).
Em Arte de Cozinha, de Domingos Rodrigues, Imprensa Nacional, 1987.
Nota: Domingos Rodrigues foi mestre de cozinha da Casa Real, no reinado de Pedro II, o Pacífico (1683-1709).
2 comentários:
Em vez da "coelhinha" que sai do bolo na tradicional festa de despedida de solteiro? :) Coitados dos pássaros...
Hoje, à luz dos nossos hábitos, seria caso para chamar a ASAE :) Eram uns selvagens, dirão. Mas hoje não se é tanto ou mais, contudo sob formas ocultas e falsamente piedosas? A guerra à distância, os matadouros industriais diria que inspirados nos campos de morte nazis, etc.
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