22.11.09

Risos



Estávamos ambos a almoçar umas bifanas e falávamos obviamente de poesia e de projectos, quando, a propósito dos poemas que aqui pus sobre Pedro e Inês, todos eles em decassílabos, me disse:

─ O meu nome é um decassílabo, veja lá.

E comecei a contar pelos dedos Hen/ri/que/ Ma/nu/el/ Ben/to/ Fi/a/(lho), de facto dez sílabas métricas certinhas, repondi, e ainda por cima um decassílabo heróico, tem acento na sexta tónica. Gargalhada do Henrique Fialho.

E continuámos com a poesia às voltas, até que um de nós disse mais ou menos isto, a propósito da fidelidade com que muitos jovens, nos seus poemas, seguem Joaquim Manuel Magalhães, o patrono do desencanto e patrono de outro patrono, que é para muitos Manuel de Freitas:

─ Fazem poemas devastados, tristes, de uma abulia sem saída, e depois vamos encontrá-los por aí a rir às gargalhadas.
 
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