28.12.08

Afinidades electivas




Eu diria que é o poeta do ano e da nação. Veja-se só o olhar dele a perscrustar-nos o além-alma, como diria Mário de Sá-Carneiro - o além-alma lusitano, digo eu. Camões, Garrett, Pessoa, e Manuel Alegre directo, no TGV, sem parar em mais nenhum nome.

(...)Triolets, villanelles, rondels, rondeaus,

Seeds in a dry pod, tick, tick, tick,

Tick, tick, tick, what little iambics,
While Homer and Whitman roared in the pines.
Edgar Lee Masters, in Spoon River Antology

Quanto ao engenheiro de aviário, saiu-nos um Perón de pechisbeque, e a Evita dele só pode ser a ministra malfadada. Como a maioria silenciosa é burra, vamos gramá-lo mais quatro anos.

Isto foi, em parte, o que o hmfb apontou. Temos ainda, acrescento eu, o herói internacional do ano, Muntader al-Zaidi, e a agilidade do grande inimputável, que muitos apoiaram e agora se apressam a sacudir dos ombros, como na anedota: Xô! bicho de um cabrão, onde houveras de poisar!

De resto, está tudo bem, salvo o tempo de hoje e o que os meteorologistas da crise nos prometem para os anos que aí vêm.

1 comentário:

Daniel Francoy disse...

Spoon River Anthology: conheço a idéia do livro e li alguns poemas traduzidos por Jorge de Sena. foi o suficiente para eu classificar o livro entre os grandes que não li e que não me perdôo por isso.

 
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